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Inclusão

Projeto de teatro coloca a acessibilidade como protagonista da cena

O palco para todos e a linguagem teatral expandindo horizontes

DA REDAÇÃO • 27/05/2025 às 9:53

Projeto de teatro coloca a acessibilidade como protagonista da cena
A iniciativa realiza uma série de atividades gratuitas nas próximas semanas. Divulgação

O palco para todos e a linguagem teatral expandindo horizontes. Diversidade de corpos, de modos de expressão, de comunicação e de temáticas em cena com uma aproximação junto à plateia que descobre, com os artistas, novas possibilidades através da arte teatral. Um projeto que toma a boca de cena e coloca a acessibilidade como protagonista, partindo da prática para a discussão, com participantes de Londrina, Rio de Janeiro e São Paulo.

Contemplado pela Política Nacional Aldir Blanc, através da Secretaria Municipal de Cultura de Londrina, e com o apoio do Sesc Cadeião Cultural, o projeto “Quando a Acessibilidade entra em Cena” se apresenta como uma vitrine das vias possíveis da arte para encontrar públicos diversos. A iniciativa realiza uma série de atividades gratuitas nas próximas semanas, incluindo espetáculo, roda de conversa, palestra e workshop sobre as práticas de acessibilidades no ambiente artístico, especialmente o teatro.


A montagem “Conexão”, em cartaz no Sesc Cadeião (Rua Sergipe, 52, Centro) nos dias 29 e 31 de maio, às 15h, fala da vida e suas viagens, conexões, encontros, chegadas e partidas. Marcos Martins, o idealizador e diretor do espetáculo, explica que a temática nasce da experimentação e da improvisação, envolvendo ideias e personagens criados pelos próprios atores. “São cenas curtas e que criam laços entre as diversas histórias do cotidiano e do imaginário dos atores”, explica.

Martins frisa que procura dar acolhimento para as ideias que os participantes trazem. “Cada um tem uma ideia diferente do que é teatro e do que pode ser uma cena. As cenas são estruturas com espaço para improvisação, para que possam mudar, acrescentar, a cada apresentação. Então, o espetáculo é dinâmico, é espontâneo. Mas, sobretudo, o espetáculo se conecta com o que eles entendem por teatro. E o que eles mais gostam, que percebo, é de se divertir em cena e no encontro uns com os outros. Eu descobri que a maneira de fazer teatro, nesse contexto e com essa turma, é alimentando essa imaginação deles”, completa.


Nessa primeira etapa do projeto, além das duas apresentações do espetáculo “Conexão”, será realizada a roda de Conversa “Expressões artísticas e acessibilidade: trajetória do projeto JAE”, com Débora Crusiol, no sábado (31) após a apresentação, às 16h. Professora de dança, com pós-graduação em Psicomotricidade e Dança Educacional, além de coordenar o Projeto Jovens Artistas Especiais (JAE), Crusiol ministra aulas de dança para pessoas cadeirantes. “A roda de conversa propõe o compartilhamento de experiências e da trajetória do Projeto JAE que há anos desenvolve atividades em Londrina. Esperamos poder trocar experiências e informações com artistas, estudantes, educadores e agentes culturais que já trabalham com esse público ou simplesmente se interessam pelo tema”, afirma Martins.

Todas as atividades do projeto “Quando a Acessibilidade entra em Cena” são abertas a toda a comunidade e contam com classificação indicativa livre. Haverá tradução em Libras nas apresentações do espetáculo, na roda de conversa e na palestra programada para julho. O projeto também é parceiro da Campanha do Brinquedo do Sesc PR, que beneficia pessoas em situações vulneráveis, e sugere ao público a doação de brinquedos (novos ou usados que estejam em boas condições), em todas as atividades.

Próximas ações – Em sua próxima etapa, o projeto se desdobra em outras atividades, de cunho formativo. De 10 a 13 de julho, acontece o workshop “Libras em Cena”, com Thaís Pimpão (SP), que traz uma experiência de formação, direcionada para iniciantes em Libras, atuadores, artistas da cena, estudantes e educadores. A atividade une Libras e teatro, tendo como foco a comunicação visual, alinhando texto e intenção, espaço e movimento, gestos e sinais, expressão facial e corporal para, assim, diminuir as fronteiras existentes entre a cultura surda e a cultura ouvinte. No dia 12 do mesmo mês, o projeto recebe Fabrício Moser (RJ) com a palestra “Diversidades, deficiências e capacitismos: mediação para uma cultura acessível”. Nela, Moser fala sobre as expressões artísticas diversas, as experiências e práticas de acessibilidade e sobre as relações entre diversidades, deficiências e capacitismos.

“Acredito que uma das coisas mais importantes do projeto é a visibilidade. Visibilidade de pessoas com deficiência no teatro, no palco. As atividades formativas também trazem a importância da comunicação e de como pensar ações efetivas para que a acessibilidade esteja presente nas nossas práticas e projetos”, completa o diretor Marcos Martins.

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