
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Londrina divulgou, nesta quinta-feira (24), novo boletim epidemiológico sobre a dengue. Os dados apontam que, do início do ano até o momento, foram registradas 19.664 notificações relacionadas à doença, das quais 4.548 foram confirmadas e 14.643 descartadas. Outros 473 casos seguem em análise e a cidade não registra novos óbitos, totalizando nove neste ano.
Os números apontam que Londrina avançou na luta contra a dengue, em comparação com o ano anterior. Em 2024, no mesmo período, a cidade somava 41.134 casos confirmados de dengue e 52 óbitos.
Além disso, o mapa que apresenta a incidência de casos notificados por área de abrangência das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) apresenta um comportamento estável na curva epidemiológica da dengue nas últimas semanas. Com relação à chikungunya, o relatório mantém o número de oito notificações. Uma delas foi confirmada (caso importado), seis descartadas e uma está em análise.
O gerente de Vigilância Ambiental da SMS, Nino Ribas, ressaltou que este cenário positivo só será mantido com o esforço contínuo de toda a população. “Apesar da redução da atividade do Aedes aegypti no período atual, a desova continua mantendo o risco de proliferação. Mudanças climáticas, como aumento da temperatura e umidade, favorecem a eclosão dos ovos, podendo provocar crescimento da população do mosquito e maior transmissão de dengue, zika e chikungunya. Por isso, é essencial que a comunidade permaneça engajada na eliminação de criadouros e realização de cuidados nos quintais, pois o combate ao Aedes é uma responsabilidade coletiva para evitar surtos e proteger a saúde pública”, ressaltou.
Ações de combate em andamento
As principais ações articuladas que estão em curso no território municipal são: intensificação das visitas domiciliares com foco na identificação e eliminação de criadouros, orientações aos moradores e reforço das medidas preventivas; atuação em imóveis fechados, abandonados ou sob responsabilidade de imobiliárias, com apoio jurídico e notificações formais, visando o controle do risco sanitário e a entrada das equipes nos locais inacessíveis; ações intersetoriais com a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) para a remoção de criadouros, como entulhos, inservíveis e lixo acumulado em áreas públicas e pontos de descarte irregular.
O município também está executando bloqueios de transmissão em áreas com casos prováveis, incluindo tratamento focal, perifocal, uso de larvicidas e aplicação de inseticidas conforme protocolo; a instalação e o monitoramento de ovitrampas para detecção precoce da infestação e priorização das áreas com maior risco; vistorias em pontos estratégicos e imóveis especiais, como borracharias, ferros-velhos, cemitérios e obras, com controle e responsabilização em caso de reincidência de focos; análise de dados e georreferenciamento dos casos e focos, além de ações educativas.
Nino Ribas frisou que as ações são contínuas e seguem os princípios da vigilância integrada, com a colaboração de diferentes setores e a participação ativa da população. “A eliminação dos criadouros, especialmente dentro das residências, segue sendo a medida mais eficaz de prevenção”, apontou.