Londrina 
Teve início nesta sexta-feira (14) a 5ª edição da Rasgo, programa de residência artística promovido pela Vila Cultural Grafatório. Artistas irão ocupar o ateliê do Grafatório (rua Mossoró, 483) para desenvolver seus trabalhos autorais, ministrar oficinas e participar de uma conversa com o público. As atividades seguem até o dia 22 de novembro, e serão finalizadas com um dia de ateliê aberto, onde os artistas irão demonstrar os processos utilizados e os resultados de seus trabalhos feitos durante a residência.
Nesta edição, a Rasgo receberá três artistas para ministrar atividades e compartilhar técnicas com o público. As oficinas são gratuitas e para participar basta acessar o site do projeto. Hoje (14), foi realizada a primeira oficina, ministrada por Natali Tubenchlak. A oficina “Gravura do Fim do Mundo” apresentou a cologravura como técnica de impressão não tóxica e acessível, feita com materiais simples e reaproveitados.
Amanhã (15), será a vez da oficina “Caderno de Brechó”, ministrada por Alana Gentil. Na atividade os participantes serão convidados a coletar elementos em sebos e brechós para uma atividade prática e conceitual acerca dos conceitos de montagem, reaproveitamento e autoria partilhada. Esses materiais serão ressignificados com intervenções em tipos móveis, clichês gráficos, máquinas de escrever, entre outras.
Na segunda-feira (17), será realizada a última oficina formativa, intitulada “Impressões com matriz de material branco”. Guilherme Vieira irá ministrar a atividade, que abordará a criação de imagens a partir da composição tipográfica. Os participantes irão transformar o material branco do processo tipográfico, que em seu uso original cria apenas espaços vazios, em uma matriz para impressão, explorando ideias de modularidade, repetição, simetria e sobreposições.
Vieira destacou a importância da iniciativa em democratizar o acesso a essas técnicas. “Espero que seja um tempo proveitoso e que as pessoas consigam experimentar abertamente a técnica compartilhada. Para mim é essencial para a sociedade existirem espaços que permitam essa troca de conhecimento de maneira horizontal e acessível, pois a prática artística muitas vezes é um privilégio e todos deveriam ter livre acesso a ela”, afirmou.
Além das oficinas, os artistas irão participar de uma conversa aberta com o público na próxima quarta-feira (19), a partir das 19h, também na Vila Cultural Grafatório. A conversa, que contará com intérprete de Libras, irá girar em torno do tema “Arquiteturas do desvio: apropriações, resíduos e ruídos”. O tema reúne uma coincidência entre os trabalhos dos três artistas: Guilherme Vieira promove o desvio ao cruzar a arte computacional e a arte gráfica; no trabalho de Natali Tubenchlak, o desvio se faz a partir do reuso e da experimentação técnica; em Alana Gentil, o desvio é o resultado de apropriações e recontextualizações de elementos.
Encerrando a programação, no dia 22 de novembro, os artistas irão expor num ateliê aberto os resultados de sua residência no ateliê do Grafatório, além de compartilharem com o público, de forma prática e demonstrativa, os processos que utilizaram para realizá-los.
A Rasgo é um projeto realizado pelo Grafatório e aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), do Ministério da Cultura do Governo Federal. O Grafatório é uma Vila Cultural patrocinada pelo Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic).
