
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Londrina recebeu um ofício, do Ministério da Saúde (MS), sobre o risco de reintrodução do sarampo no Brasil, reforçando a necessidade urgente de intensificação das ações de vigilância epidemiológica e imunização em todos os estados e municípios. Diante do cenário, a Prefeitura de Londrina, por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) da SMS, elaborou e encaminhou um documento para os serviços de saúde do município, com algumas estratégias que devem ser adotadas pela rede municipal de saúde neste momento.
Entre elas está a vacina contra o sarampo, como medida preventiva. Recentemente, foi introduzida a dose zero, para crianças de 6 a 11 meses. Normalmente a dose de vacina contra o sarampo é administrada a partir de 1 ano de idade.
A SMS reforçou, ainda, que os trabalhadores de saúde precisam verificar seu esquema vacinal, que deve ser de duas doses. Caso não tenha, deve realizá-lo imediatamente. Além disso, recomendou a intensificação vacinal, por meio da identificação e vacinação de pessoas que não foram vacinadas ou que estão com esquema incompleto. A vacinação contra o sarampo é recomendada na rotina para pessoas a partir de 1 ano de idade até 59 anos, com esquemas diferentes dependendo da faixa etária.
A Secretaria de Saúde também recomendou, aos serviços de saúde, realizar a intensificação da vacinação no público adolescente, jovens e adultos; fazer a atualização do esquema vacinal de brasileiros que estudam na Bolívia e retornam ao Brasil nas férias; e ofertar atualização do esquema vacinal para residentes fronteiriços e visitantes que utilizam as unidades de saúde no Brasil. Além disso, orientou os serviços de saúde a notificar casos suspeitos de sarampo em até 24 horas, coletar exames para confirmação, recomendar isolamento com uso de máscara cirúrgica e tratar crianças suspeitas com vitamina A para prevenir complicações e reduzir mortalidade.
Segundo a diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Fernanda Fabrin, foi realizada ontem (06) uma reunião com todas as coordenações das unidades de saúde de Londrina para falar sobre este risco de reintrodução do sarampo e relembrar os protocolos para casos suspeitos. “Pedimos que as unidades saúde avaliem o esquema vacinal de seus profissionais de saúde e nos encaminhem uma listagem nominal destas pessoas com o esquema vacinal. Também solicitamos que façam buscas, nos territórios, de crianças que precisam tomar a dose zero da vacina e daquelas que estão com a dose em atraso e demais população que tem a indicação à vacina”, disse.
Sintomas e recomendações – O sarampo é uma doença infecciosa aguda, causada por um vírus, e altamente contagiosa. Os sintomas do sarampo geralmente incluem febre alta, tosse, coriza, irritação nos olhos (conjuntivite) e uma erupção cutânea avermelhada que começa no rosto e se espalha pelo corpo. A doença pode ser grave e causar complicações como pneumonia, encefalite e, em casos raros, a panencefalite esclerosante subaguda.
Em caso de suspeita, a SMS recomenta que o paciente procure uma unidade de saúde para fazer uma consulta. É fundamental procurar atendimento médico para diagnóstico e acompanhamento, além de seguir as orientações médicas para o tratamento dos sintomas e prevenção de complicações.
A Secretaria Municipal de Saúde também recomenda que as pessoas verifiquem seu cartão de vacina e busquem uma unidade de saúde para atualização, se necessário.