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Oficina gratuita ensina estratégias para tornar conteúdos digitais mais acessíveis

As inscrições são gratuitas

DA REDAÇÃO • 10/07/2025 às 9:53

Oficina gratuita ensina estratégias para tornar conteúdos digitais mais acessíveis
O projeto é executado pela UEL em parceria com a SMS. - Divulgação

Estão abertas as inscrições para a oficina de acessibilidade digital, que será realizada na sexta-feira (11). Estudantes e profissionais que têm interesse ou atuam com produção de conteúdo, principalmente para os canais digitais, terão a oportunidade de conhecer ferramentas e estratégias que tornem esses conteúdos mais inclusivos e acessíveis. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através deste link.

A oficina começa às 14h, na sala de eventos 683 do CECA, no Campus da Universidade Estadual de Londrina (UEL). A atividade é uma iniciativa do grupo PET-Saúde Equidade, projeto do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) do Ministério da Saúde e que, no município, é executado pela UEL em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Em julho de 2015, foi sancionada a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei Federal nº 13.146), que coloca a acessibilidade como um direito das pessoas com deficiência (PCD) ou com mobilidade reduzida. E, assim como os espaços, os transportes e os equipamentos urbanos, a comunicação também precisa ser acessível, de forma a permitir a expressão, compreensão e recebimento de mensagens e informações.

Segundo a professora do Departamento de Saúde Coletiva da UEL, Thalita da Rocha Marandola, que integra o projeto e é uma das coordenadoras da oficina, o PET-Saúde Equidade possui quatro grupos de aprendizagem, em que são trabalhadas diferentes temáticas sobre gênero, sexualidade, racismo, PcD e outros. “Dentro da temática de pessoas com deficiência, pensamos em trabalhar essa oficina sobre acessibilidade digital por entender que precisamos ampliar o acesso da informação a toda a população, inclusive para pessoas que possuem uma condição específica ou uma característica que inviabiliza o acesso à informação. Nesse sentido, a oficina vai trazer algumas estratégias de como tornar materiais divulgados na internet acessíveis a pessoas com deficiência auditiva e com deficiência visual”, explicou.

Durante a oficina, haverá uma sensibilização para que os participantes compreendam a importância de todas as pessoas terem acesso à informação e comunicação, de forma semelhante ou igual às pessoas que não possuem deficiência. “Vamos trazer algumas estratégias, como a inclusão de legendas em vídeo, e também faremos isso de forma prática, para que os participantes aprendam como fazer a inclusão, revisão e a publicação. Também teremos uma oficina de boas práticas na audiodescrição, que é o ato de descrever uma imagem, de forma verbal ou oral, para pessoas com baixa visão ou deficiência visual”, adiantou a professora.

Marandola contou ainda que a programação inclui exercícios práticos e orientação sobre a inclusão de texto alternativo em imagens disponibilizadas em sites e redes sociais. “O texto alternativo é uma ferramenta, por vezes oculta, outras vezes mais visível, que equipamentos com leitores de tela conseguem identificar e fazer a leitura da imagem para a pessoa com deficiência visual. Esse leitor vai descrevendo o que tem na imagem e a pessoa consegue ter uma ideia do que está sendo representado graficamente, então a oficina tem o objetivo de ensinar como fazer a inclusão do texto alternativo nessas imagens”, citou.

Entre os objetivos da atividade, a professora citou a importância de sensibilizar alunos dos cursos na área da saúde, profissionais que já estão atuando e as demais pessoas sobre a importância da acessibilidade na comunicação. “Um dos nossos primeiros objetivos é essa sensibilização da comunidade, como um todo, para propagar as informações de forma acessível. E nós, da universidade, temos a responsabilidade social de promover espaços de reflexão, educação e de instrumentalizar também. Não basta só falar que é importante divulgar as informações de forma acessível, também é preciso ensinar como fazer. E a gente também tem intenção de fortalecer essa relação do ensino, do serviço e da comunidade, discutindo todos juntos uma mesma temática, pessoas com deficiência ou não, e ampliando a conversa para todos”, afirmou.

Sobre os benefícios que a acessibilidade oferta às pessoas com deficiência, quando implementada na comunicação e divulgação de informações, a coorganizadora da oficina ressaltou que esse é um direito extremamente importante para autonomia, cuidado em saúde e para a qualidade de vida como um todo. “No período da pandemia, as pessoas com surdez ou com deficiência auditiva não tinham acesso à informação de forma acessível em relação às formas de prevenção, o que fazer, e aquilo gerava muita insegurança, muito medo. E eles, que já têm um certo isolamento social devido à comunicação, ficaram em uma situação ainda pior. Quando incluímos legendas, textos alternativos ou audiodescrição, a gente está promovendo um espaço com autonomia para eles. E é um benefício também para a população como um todo, quando temos essas opções. Há situações em que não posso habilitar o áudio do celular para ver um vídeo e utilizo o recurso da legenda para entender o que está acontecendo. Essas ferramentas de acessibilidade não permitem só a inclusão das pessoas com deficiência, mas também o acesso à informação às demais pessoas que, porventura, tiverem interesse em fazer o uso daquele dispositivo”, concluiu.

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