
Rod Stewart subiu ao Palco Pyramid do Glastonbury Festival 2025 ocupando o tradicional legend slot — reservado a nomes históricos da música internacional. O show entregou uma performance visualmente vibrante, repleta de hits atemporais, participações especiais e um final emocionante. No entanto, a recepção da crítica foi dividida, especialmente quanto à condição vocal do artista.
SETLIST NOSTÁLGICO E CONVIDADOS DE PESO
O repertório percorreu clássicos como “Maggie May”, “Da Ya Think I’m Sexy?”, “The First Cut Is the Deepest”, “Tonight’s the Night” e “Sailing”. Destaques especiais incluíram:
Ronnie Wood (Rolling Stones) em reencontro com a fase Faces
Lulu, em dueto animado
Mick Hucknall (Simply Red) [em destaque acima], reforçando o peso do line-up
E gaitas de foles em “Rhythm of My Heart”, celebrando a herança escocesa do cantor
A apresentação contou ainda com dançarinas, visuais de arquivo e um figurino brilhante — marca registrada de Rod Stewart.
CRÍTICA DA IMPRENSA: ENTRE O CHARME E A VOZ DESGASTADA
As reações da mídia britânica variaram:
The Guardian valorizou a nostalgia e a entrega emocional, destacando que “Rod ainda sabe cativar seus fãs”.
The Independent, por outro lado, descreveu a voz como “totalmente comprometida” e criticou a produção como “desgastante”.
MOJO elogiou a escolha de músicas e o momento de “I’d Rather Go Blind”, mas sugeriu clima de “cassino”.
The Telegraph observou que a performance foi sustentada pelo carisma e inteligência interpretativa, apesar dos limites vocais.
OLIVIA RODRIGO ENCERRA O FESTIVAL COM POP CATÁRTICO E CONVIDADOS DE PESO
Se Rod Stewart representou o legado, Olivia Rodrigo foi o símbolo do agora e do futuro. A cantora de 22 anos protagonizou um dos shows mais elogiados do festival, fechando o Glastonbury 2025 com um espetáculo emocional, energético e tecnicamente impecável.
SETLIST PODEROSO E NARRATIVAS VISUAIS
O show incluiu sucessos como “drivers license”, “vampire”, “good 4 u”, “traitor” e “obsessed”, explorando temas de amadurecimento, frustração amorosa e libertação emocional. A apresentação combinou coreografias dramáticas, iluminação cinematográfica e interlúdios visuais que reforçavam a narrativa íntima do espetáculo.
PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS ARREBATADORAS
O momento mais marcante da noite veio com:
Robert Smith, lendário vocalista do The Cure, subindo ao palco para uma releitura intensa de “Just Like Heaven” e um dueto melancólico em “Can’t Catch Me Now”
E Ed Sheeran, em participação surpresa, ao violão, dividindo os vocais em uma nova versão acústica de “deja vu”
Ambas as colaborações foram amplamente compartilhadas nas redes sociais e repercutiram entre críticos como sinais de validação artística da jovem estrela.
REPERCUSSÃO CRÍTICA E IMPACTO CULTURAL
O NME afirmou: “Olivia não apenas fechou o festival — ela selou uma era”.
O The Times descreveu o show como “catártico, universal, profundamente pop e tecnicamente perfeito”.
Já o The Guardian apontou Rodrigo como “uma das artistas mais completas de sua geração”.
DIA A DIA DO FESTIVAL
SEXTA-FEIRA: EMOÇÃO, SURPRESAS E VOZES MARCANTES
A primeira noite do Glastonbury Festival 2025 foi marcada por emoção e superação. O cantor Lewis Capaldi, afastado dos palcos desde 2023 por questões de saúde mental relacionadas à Síndrome de Tourette, fez um show surpresa comovente no palco Woodsies. A apresentação de 35 minutos, com voz firme e olhos marejados, foi ovacionada pelo público. Ao final, Capaldi declarou: “estou de volta, baby”, em um dos momentos mais tocantes do festival.
Ainda na sexta, o rapper Busta Rhymes incendiou o palco com sua energia característica, entregando um set potente que reafirmou sua importância no hip-hop global. A noite também teve destaque para Loyle Carner, que levou lirismo, crítica social e beats envolventes ao palco principal, acompanhado por Sampha e Jorja Smith — representando o que há de mais relevante na cena urbana britânica.
Fechando a noite, a banda The 1975 apresentou um show teatral e emocional, dividido entre elogios ao seu domínio de palco e críticas por escolhas dramáticas no roteiro visual.
SÁBADO: REENCONTROS, SEGREDOS E O INESPERADO
No segundo dia de festival, o público foi surpreendido por um set secreto de Lorde, que promoveu o recém-lançado álbum Virgin em uma apresentação espiritual e intimista. O show aconteceu no palco Woodsies, e a cantora neozelandesa descreveu o momento como “uma espécie de casamento coletivo com meus fãs”. A performance foi apontada como um dos grandes momentos da edição 2025.
Outro grande destaque do sábado foi o retorno da banda Pulp ao Glastonbury. Liderado por Jarvis Cocker, o grupo britpop fez uma apresentação surpresa com direito a sucessos como “Common People” e “Disco 2000”, levando o público ao delírio com nostalgia e presença de palco marcante.
DOMINGO: CONSAGRAÇÃO E UM NOVO ÍCONE DO POP
O encerramento do festival coube a Olivia Rodrigo, que protagonizou um dos shows mais comentados da história recente do evento. Com um setlist repleto de sucessos e duas participações arrebatadoras — Robert Smith (The Cure) e Ed Sheeran — a artista consolidou seu nome como nova referência do pop global. A crítica britânica descreveu a apresentação como catártica, universal e artisticamente madura, encerrando o festival com força emocional e alto nível técnico.
GLASTONBURY 2025: ENTRE TRADIÇÃO E RENOVAÇÃO
O Glastonbury Festival 2025 reafirmou seu papel como termômetro cultural e musical do Reino Unido. De Rod Stewart a Olivia Rodrigo, passando por nomes que emocionaram, surpreenderam e romperam barreiras, o festival mostrou que tradição e inovação não apenas coexistem — mas se fortalecem mutuamente no maior palco do mundo.
Informações: Antena 1