Londrina 
Foi lançada pela Prefeitura de Londrina, na tarde desta segunda-feira (18), a sexta turma de capacitação do projeto Letramento Digital, na Escola Municipal Professor Joaquim Pereira Mendes (Rua Guilherme Farel). Nesta nova etapa, o projeto atenderá mais de 150 alunos de seis escolas da rede municipal e outras 40 crianças do Clube das Mães Unidas (COM).
Criado em 2021 e inaugurado em Londrina, o projeto Letramento Digital oferece oficinas gratuitas no contraturno escolar, com conteúdos de programação e robótica voltados a alunos do 4º e 5º ano. O projeto já capacitou aproximadamente 1.712 crianças em 48 escolas da rede municipal. Além disso, mais de 135 Agentes Multiplicadores do Conhecimento foram preparados para atuar nas oficinas, após uma formação de 98 horas em temas ligados às principais tendências tecnológicas.
No evento desta segunda (18), a secretária municipal de Educação, Vânia Costa, destacou os ganhos da iniciativa. “Esse conhecimento que eles estão adquirindo pode ajudá-los até a desenvolver suas profissões, porque eles aprendem várias habilidades, programas, construção de objetos. Também participam de feiras e têm a oportunidade de criar e, principalmente, vivenciar a aprendizagem”, afirmou.
A Escola Municipal Joaquim Pereira Mendes recebe oficinas do Letramento Digital pelo terceiro ano consecutivo. Para a diretora Valdirene Guiraldelli, o retorno tem sido positivo. “As crianças gostam muito porque se sentem estimuladas pela tecnologia. Os pais nos contam que elas chegam em casa falando do projeto e voltam para as aulas motivadas”, compartilhou.
A iniciativa é desenvolvida pela Fundação de Apoio à Capacitação em Tecnologia da Informação (Facti), dentro do Programa “MCTI Futuro” do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e recebe o apoio da Prefeitura de Londrina, por meio da SME.
Na Joaquim Pereira Mendes, as primeiras turmas foram conduzidas por multiplicadores da Facti. A partir deste ano, as atividades serão ministradas pela professora da própria escola, Miriam Libânio. “Eu passei pelo curso da Facti e estou animada, porque também é novidade para mim. Acredito que será uma troca muito bacana, não só eu ensinando, mas aprendendo com eles, já que nasceram nessa geração digital”, citou.
Entre os alunos, a expectativa é grande pelo início dos encontros. A estudante do 4° ano, Ana Luisa Ferreira, 10 anos, destacou a oportunidade criativa. “No começo do ano já aprendi um pouco sobre o projeto e vi que conseguimos usar o micro:bit para transformar coisas pequenas em grandes. Acredito que com isso, nós, crianças, conseguimos criar muitas coisas legais”, contou.
Já o estudante Benjamin Gabriel Lopes, de 9 anos e também do 4º ano, vê no projeto uma oportunidade para o futuro. “Quero aprender várias coisas e me divertir. Acho que vamos aprender conteúdos que vão facilitar nosso futuro, tornando mais simples os desafios que aparecerem”, explicou.
Novos multiplicadores – Até o dia 15 de setembro, estão abertas as inscrições para interessados em atuar no Letramento Digital como agentes multiplicadores. A turma de Agentes Multiplicadores do Conhecimento é uma formação gratuita, voltada a profissionais e estudantes que desejam aprender, disseminar conhecimentos tecnológicos e contribuir para a inclusão social por meio da educação digital.
O preparo é iniciado pelo Módulo Essencial com carga horária de 98 horas combinando atividades teóricas e práticas sobre Criatividade e Inovação, Pensamento Computacional, Fundamentos de Programação, Estratégias Pedagógicas, Robótica e Prototipagem. Realizada em formato híbrido, a capacitação inclui uma aula inaugural online ao vivo, atividades assíncronas, oficinas presenciais realizadas em Londrina e, ao final do curso, o participante receberá um certificado comprovando o conhecimento adquirido.
Segundo a gerente de projetos da Facti, Josiane Banov, a capacitação é uma oportunidade rica de aprendizado. “Toda essa capacitação é uma formação online, a gente faz algumas oficinas aqui, e aí a partir do momento que eles são aprovados, eles podem trabalhar como multiplicadores e passar esse fornecimento para as crianças. É uma grande oportunidade de aprendizado porque é uma capacitação que não tem custo para o multiplicador, a única coisa que ele precisa dar, de contrapartida, é fazer multiplicar para as crianças”, afirmou.
Essa etapa prática tem carga horária de 90 horas e visa promover inclusão social e despertar o interesse das crianças por carreiras nas áreas de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).
