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Saúde

Fake news antivacina agravam casos de gripe infantil em Londrina

A preocupação é respaldada por números alarmantes

DA REDAÇÃO • 28/05/2025 às 9:40

Fake news antivacina agravam casos de gripe infantil em Londrina
Metade das internações por síndromes respiratórias são causadas pela influenza A. Reprodução/Tem Londrina

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Londrina (SMS) está se mobilizando para enfrentar o avanço das síndromes respiratórias no município, acompanhando a estratégia da Secretaria de Estado da Saúde (SESA) do Paraná, que pretende intensificar a campanha de vacinação contra a gripe em todo o estado.

Diante do aumento expressivo de casos e internações, a vacinação poderá ser levada para fora das unidades de saúde, com aplicação de doses em locais como igrejas, empresas, terminais de transporte coletivo e até estádios de futebol.

A preocupação é respaldada por números alarmantes. Em 2025, o número de mortes de crianças por doenças respiratórias no Paraná mais que dobrou em relação ao ano anterior, passando de 4 para 11 óbitos. Entre as causas, o vírus influenza A foi responsável por 20% das mortes, e o vírus sincicial respiratório por 30%, ambos com grande impacto na população infantil.

Em Londrina, metade das internações por síndromes respiratórias são causadas pela influenza A.

O Pronto Atendimento Infantil (UPA) teve um aumento de 50% na procura por esse tipo de atendimento, enquanto as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) registraram crescimento de 20%. O cenário nas UTIs pediátricas é ainda mais preocupante, com aumento superior a 100% nas internações.

A expectativa é de que mais unidades passem a oferecer atendimento específico para síndromes respiratórias, podendo haver, inclusive, a criação de pontos exclusivos para esses casos.

O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, reforçou que todas as vacinas disponíveis devem ser utilizadas e que a “fábrica de fake news” continua sendo um dos principais obstáculos para alcançar a cobertura vacinal adequada. Caso os índices de vacinação permaneçam baixos, não está descartada a possibilidade de decretar estado de emergência em saúde no Paraná.

Influência de políticos

Se não bastasse os casos de desinformação sobre vacinas divulgadas nas redes sociais por pessoas comuns, políticos como vereadores de Londrina e deputados do Paraná aproveitam o engajamento do tema para promover ações negacionistas na internet e até espaços públicos como na Assembleia Legislativa (ALEP) e na Câmara Municipal (CML).

No final do mês passado, alguns vereadores chegaram a realizar uma audiência pública para questionar a obrigatoriedade da vacinação em crianças, conforme o Plano Nacional de Imunização (PNI) orienta.

Informações: Tem Londrina

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