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Arte, Cultura e Comunidade

Evento gratuito aborda a arte na transformação das comunidades

O evento será realizado nesta sexta-feira (29), das 18h às 22h30

DA REDAÇÃO • 27/08/2025 às 9:14

Evento gratuito aborda a arte na transformação das comunidades
O evento é uma realização da Usina Cultural. Divulgação

“Entendo a arte como geradora de possibilidade no meio da impossibilidade e é nessa linha que eu enxergo o que fazemos coletivamente: a beleza no meio da violência, a abundância no meio da escassez, a alegria no meio da tristeza.” A declaração é da venezuelana, e agora brasileira, Alejandra León Cedeño, professora e psicóloga social comunitária.

Cedeño é uma das facilitadoras do seminário “Arte, Cultura e Comunidade”, que será realizado nesta sexta-feira (29), das 18h às 22h30. Os trabalhos serão divididos com o professor Kennedy Piau, membro fundador do Coletivo Quizomba, brincante do Baque de Obá Kossô, colaborador nos projetos Ruar Eco Artivismo e Procult: Ruar entre Vilas. Ambos são docentes da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

O evento é uma realização da Usina Cultural, com financiamento do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, a partir da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB). O projeto tem parceria com a Secretaria Municipal de Cultura (SMC). As inscrições podem ser feitas gratuitamente, pelo Sympla, neste link: https://encurtador.com.br/tkVJj.

“A arte gera potência quando a pessoa constata que consegue aprender um passo, tocar uma música, pintar um sentimento e isso nos fortalece para encarar os desafios da transformação. A ação gera ser: não apenas agimos de acordo a como somos, mas também, e principalmente, somos a partir do que fazemos”, explicou a professora Alejandra León Cedeño, mestre e doutora em Psicologia Social.

Para a professora, a Venezuela e o Brasil vivem formas de reconstrução nas suas periferias. “[Isso ocorre] junto a formas preocupantes de destruição que não podemos menosprezar, mas às quais precisamos sobreviver e reinventarmo-nos”, comentou. “Isso pode ajudar a encarnar gestos de cidadania ativa ao ver que é possível aprender, ajudar o outro, receber ajuda, propor uma ação, apoiar uma reivindicação.”

Kennedy Piau destacou que a arte é um dos instrumentos de maior humanização das pessoas. “A dimensão artística atua na capacidade de resolver problemas com recursos limitados. Em outras palavras, na capacidade de criar”, afirmou ele, que é mestre e doutor em Humanidades pela Universidade Autônoma de Barcelona, Espanha. “A arte é um tipo de pensamento crítico-sensível que nos ajuda a compreender o mundo de um ponto de vista singular e a agir para transformá-lo em algo melhor para todos.”

Piau lembrou que existem muitas experiências de arte e comunidade e cita manifestações tradicionais e populares produzidas por comunidades indígenas e quilombolas. “[essas comunidades] possuem tecnologias de produção coletiva e métodos de gestão participativa notáveis. São capazes de organizar eventos, festas e rituais grandes, impactantes e complexos, realizados com leveza, intensidade, prazer e sentido de comunidade”, pontuou.

É no contexto da arte como instrumento de transformação comunitária, que o seminário “Arte, Cultura e Comunidade” propõe abordar práticas colaborativas que fortalecem comunidades, modelos de gestão cultural participativa e estudos de caso de projetos que integram arte, cultura e desenvolvimento social. Podem participar artistas, gestores culturais, líderes comunitários, pesquisadores e todos que se interessam por projetos culturais de impacto social.

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