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Ele é um fenômeno

A grande injustiça musical sofrida por Paul McCartney, segundo produtor

McCartney foi pioneiro no uso de sintetizadores na música pop

DA REDAÇÃO • 27/10/2025 às 9:27

A grande injustiça musical sofrida por Paul McCartney, segundo produtor
Reprodução

Ao longo das décadas, Paul McCartney ficou conhecido como o Beatle bonzinho, que compunha as músicas mais tradicionais e não se arriscava criativamente. Na opinião de Mark Ronson, isso é errado.

O super produtor aproveitou uma entrevista ao canal Track Star* (transcrição via Ultimate Guitar) para questionar essa impressão geral do público. Especialmente em comparação aos seus ex-colegas de banda.

Ronson falou:

“Existe essa tendência de lembrar como se John Lennon fosse o cara do rock and roll e Paul fosse o cara mais pop feliz, mas Paul fez as músicas mais bizarras.”

Durante a conversa, ele ainda aproveitou para apontar como McCartney foi pioneiro no uso de sintetizadores na música pop. A primeira aparição de um aparelho da Moog – lendária fabricante desse tipo de instrumento – em uma canção ocorreu em “Maxwell’s Silver Hammer”, faixa do álbum Abbey Road (1969).

O responsável por “Uptown Funk” viu a criatividade de McCartney em pessoa. Ele foi um dos produtores com quem o ex-Beatle trabalhou no álbum New (2013). Na ocasião, ficou surpreso com a curiosidade musical do artista.

Ele lembrou na mesma entrevista:

“Eu fui no estúdio dele uma vez, e cheguei cedo. Ele estava literalmente fazendo uma sequência num teclado Moog pra fazer os barulhos mais doidos que já ouvi. Gostei do que ouvi.”

Mark ainda revelou ter sido pego de surpresa quando, ao perguntar para Paul lhe mostrar algo que estava ouvindo bastante. O Beatle “bonzinho” colocou para tocar “Climax”, do cantor americano Usher. Ele afirmou ter ficado atordoado, pois não esperava a escolha.

Canção experimental de Paul McCartney

Paul McCartney é o nome por trás de um dos maiores tesouros perdidos da carreira dos Beatles. Em 1967, a banda trabalhou numa música experimental de quase 14 anos chamada “Carnival of Light”.

O jornalista Andy Greene, da Rolling Stone EUA, deu detalhes da composição. Apesar de ser algo inédito da banda mais famosa da história, ele temperou as expectativas do público.

Ele escreveu:

“‘Carnival of Light’ é um experimento improvisado, sem letra e vanguardista, que a banda criou a pedido de Paul McCartney para a festa A Million Volt Light and Sound Rave no Roundhouse, em Londres. ‘Eu disse [nas gravações]: tudo o que eu quero que você faça é andar por aí, bater, gritar, tocar, não precisa fazer sentido algum’, lembrou McCartney anos depois. ‘Bata um tambor, depois vá para o piano, toque algumas notas e simplesmente ande por aí’. Em outras palavras, essa coisa faz ‘Revolution 9’ parecer estruturada em comparação.”

A faixa quase foi lançada nos anos 1990 como parte das compilações Anthology. Entretanto, ficou de fora devido a vetos de Ringo Starr e George Harrison, que provavelmente não gostavam da experimentação.

Informações: Rolling Stone

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